Fusion Orchestra - Skeleton in Armour (1973)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Primeira resenha "oficial" do espaço, primeiro de muitos eu espero. Não vou usar esse espaço pra falar de mim então...

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Fusion Orchestra é um som que, quando eu ouvi a primeira vez fiquei enfeitiçado, o som das trombetas que abrem o disco em "Fanfairy Suite for 1000 Trampits" já abre as alas pro que vem a seguir, a bateria e as cordas da banda, tudo alinhado é impecável, cozinha perfeita, "Sonata in Z" é a primeira música do disco, um som que nos remete ao jazz americano, mas no melhor estilo rock'n'roll, e o que confirma isso são os belos vocais da grande Jill Saward, o rock'n'roll é colocado em "cheque" com os grandes solos das guitarras operadas com maestria pelos então guitarristas Colin Dawson e Stan Land que também cuidava dos sintetizadores, percusões e cravos todos muito bem explorados no disco. Ainda na grande "Sonata in Z" (grande em minutos também) é registrado uma belíssima linha de baixo trabalhada pelo Dave Cowell, que dançava e embalava a música com solos únicos muito influênciado pelo funk, outro ponto alto é o acompanhamento feito com um piano por toda a música com direito a solo e tudo mais, como se não fosse demais ainda temos a flauta e a gaita da grande Jill, que certamente deixam esta obra de arte mais perfeita e o melhor, esta é só a primeira música. A faixa três do disco, "Have I Left the Gas On?", começa no mesmo pique que a primeira, nela encontramos também grandes solos de flauta e o baixo totalmente limpo e sincronizado com o resto da banda, balanço perfeito, os vocais da grandiosa e loira Jill matando a pau, podemos perceber grande influência clássica por parte dos guitarristas também, belíssima faixa que antecede a passagem de gaitas que é a faixa quatro, "Ok Boys, Now's Our Big Chance". A faixa cinco fica por conta da que dá nome ao disco, "Skeleton in Armour", mais uma pedrada, nela encontramos a presença mais marcante dos teclados logo no começo, banca impecável mais uma vez, o baixo mais lindo do disco. Na faixa seis temos "When My Mamma's Not at Home", a mais curta e pop do disco, com influências da rádio da época, esta foi feita para o mesmo, mas mesmo sendo considerada pop, é de uma qualidade incrível, inglês bonito e encaixado na voz da Saward, nessa faixa podemos também ouvir metais, bela música. A faixa oito, a que encerra as músicas do disco é outra pérola, "Talk to the Man in the Sky" é sem dúvidas uma das melhores do disco (se for possível escolher uma pior), sintetizadores, baixo e bateria em alta, levando a música, Jill canta com a alma. O disco termina com a parte dois das trombetas, anunciando a partida de um dos discos mais bonitos que já ouvi.

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